sábado, 3 de maio de 2014

Em atitude inédita, Igreja Católica lança Nota Oficial em apoio a dignidade da população LGBT.



Às vésperas da 18° Edição da Parada do Orgulho Gay da cidade de São Paulo, a Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo lançou nota  em "defesa da dignidade, da cidadania e da segurança" dos homossexuais.
Desde que Papa Francisco tomou posse do Trono de Pedro, a Igreja Católica vem tomando decisões e pedindo desculpas pelos atos e falas de centenas de anos contra a população LGBT, assim foi com o Arcebispo Daniel Sturla de Montevidéu que semana passada pediu perdão pela frase do seu sucessor,  Nicolás Cotugno, e pelas atitudes do bispo Jaime Fuentes de que “Os homossexuais estão doentes e devem ir para uma ilha se curar”, afirmou o arcebispo em 2008.

Abaixo segue texto publicado no Estado de São Paulo com trechos da carta;

"Não podemos nos calar diante da realidade vivenciada por esta população, que é alvo do preconceito e vítima da violação sistemática de seus direitos fundamentais, tais como a saúde, a educação, o trabalho, a moradia, a cultura, entre outros", afirma, em nota, a entidade da Igreja Católica. A comissão diz também que LGBTs "enfrentam diariamente insuportável violência verbal e física, culminando em assassinatos, que são verdadeiros crimes de ódio".
A entidade convida "pessoas de boa vontade e, em particular todos os cristãos, a refletirem sobre essa realidade profundamente injusta das pessoas LGBT e a se empenharem ativamente na sua superação, guiados pelo supremo princípio da dignidade humana". Ainda de acordo com a nota, o posicionamento da entidade, “fiel à sua missão de” anunciar e defender os valores evangélicos e civilizatórios dos direitos humanos fundamenta-se na Constituição Pastoral Gaudium et Spes, aprovada no Concílio Vaticano II: "As alegrias e esperanças, as tristezas e angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também as alegrais e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo", diz o documento.
Dar voz. O diretor da Comissão Justiça e Paz da arquidiocese, Geraldo Magela Tardelli, afirmou que esta é a primeira vez que a comissão escreve "formalmente" a favor dos homossexuais. "A comissão tem uma missão, segundo D. Paulo Evaristo Ars: ''temos que dar voz aqueles que não tem voz''. Neste momento, o que estamos percebendo é que há um crescimento de violência contra homossexuais, então a gente não pode se omitir em relação a essa violação dos direitos humanos", afirmou o diretor.

Segundo ele, a realização da Parada Gay determinou a divulgação da nota. "Nós achamos que esse era o momento correto de colocar essa nota em circulação. Nós da Igreja estamos engajados na defesa dos direitos humanos e não compactuamos com nenhuma violação, independentemente da cor e da orientação sexual das pessoas", disse Tardelli. 
Por Erik

Um comentário:

  1. Estou muito feliz com está atitude, principalmente, por vir da Igreja Católica

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